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domingo, 6 de dezembro de 2015

Resenha: Sybil

O cinema já explorou a torto e a direito sobre o transtorno de múltiplas personalidades. Até hoje não sabemos o que causa e ainda há muita gente que o confunde com o transtorno bipolar. Mas vamos por partes: o transtorno bipolar se caracteriza  pela mudança de humor. É o mesmo ser triste ou alegre além do saudável. O transtorno de múltiplas personalidades não: são de fato várias "pessoas" dentro de uma só, normalmente não tão desenvolvidas quanto o ser que "habitam". É nesse contexto que está o livro Sybil, de  Flora Rheta Schreiber.



Para não estragar muito certas partes do livro, digo que Sybil é um livro fascinante não só por explorar o tema das múltiplas personalidades, mas também a questão do abuso infantil. Sybil só desenvolveu o transtorno devido a alta carga traumática que foi exposta na infância, passando a se refugiar em um mundo de fantasia que "explodiu" para fora com as outras personalidades.
Até hoje o livro é questionado, pois a psiquiatra que atendeu Sybil induziu a aparição de certas personalidades com uma espécie de droga. Mas o interessante é que o relato de Sybil bate com o de muitas pessoas que sofrem desse mal, e certamente jogou luz sobre esse raro transtorno.

Um comentário:

Bel Besse disse...

A psiquiatra não induziu. Isso foi intriga do antigo professor da psiquiatra, enciumado com suas descobertas. Ele escreveu um artigo para desmoralizar as descobertas de sua antiga aluna. Quando Sybil faleceu descobriram em sua casa provas de que haviam outras personalidades, as obras de arte pintadas por ela tinham estilos e assinaturas diferentes.